
White Collar é uma série que tem como personagem principal Neal Caffrey, um ladrão especialista em roubos de objetos artísticos e na maioria das vezes antigos e históricos que após muito tempo de procura foi achado e preso pelo agente do FBI Peter Burke. Mas existe um porém. Neal foge da prisão determinado a encontrar Kate, sua namorada e acaba por encontrar seu apartamento vazio com somente uma pista sobre o desaparecimento de Kate. Agora ele tenta achá-la a qualquer custo e para o mesmo, oferece seu serviço ao FBI por troca de liberdade - após ser preso novamente - tornando-se então a dupla do agente Peter Burke, ajudando-o a solucionar crimes e principalmente roubos de diamantes, à museus e etc ou seja, sua especialidade.
White Collar começou como uma série meio filler para mim. Ou seja, no início era uma série que eu via quando estava com tempo de sobra, sem ter o que fazer. Comecei a assisti-la assim que a mesma lançou (final do ano passado / início desse ano) afinal, eram as minahs férias, período em que eu sempre procuro séries novas para ver em meu tempo vago. Gostei da série, apesar de achar o primeiro capítulo um pouco cansativo e parado e continuei a assistir os capítulos. O que mais gostei no início de temporada, apesar de ter um desenvolvimento da trama central fraco, foi o quão os personagens da série são carismáticos, das soluções inteligentes adotadas por Peter E Neal para resolver os crimes, dos momentos decontraídos da série e da dupla Neal Caffrey e Peter Burke que rende momentos hilários.
Nos quatrso capítulos posteriores ao primeiro, a primeira temporada da série melhorou um pouco o ritmo, tendo casos isolado para serem resolvidos a cada capítulo, ora melhores, ora piores do que o caso do capítulo anterior. Até que finalmente no final do quinto capítulo da temporada, a busca de Kate que nem me intrigava muito, já que ainda era algo muito pouco explorado na série, acabou ganhando mais fôlego com o aparercimento da mesma e uma conversa no telefone entre ela e o Neal. E logo depois, o sexto capítulo da temporada foi aquele que deu a alavancada tanto em sua trama principal quanto na própria série. Aqui descobrimos uma pista sobre quem está mantedo Kate presa, uma pista que poderia mudar tudo, fazendo com que eu me interessasse mais na série e na trama principal. E no sétimo capítulo, uma bomba explode, a bomba que iria impulsinar de vez o ritimo da série para um ritimo mais rápido, apresentando novos mistérios, novas pistas, a entrada do principal vilão da primeira temporada e com uma grande surpresa na cena final. E pronto. A série despertou minha curiosidade, despertou de vez a minha vontade de assisti-la. Pena que foi logo ai que entrou o período de recesso da série nos EUA, deixando um enorme cliffhanger para o retorno dessa primeira temporada.
E ai o tempo passou, com ele as férias se foram e eu acabei por assistir somente o oitavo capítulo da primeira temporada - que assim como o sétimo foi excelente, trazendo novos mistérios, novas pistas, tendo um ótimo ritmo - e parar de assisti-la por um tempo. Até que sexta-feira passada eu resolvi voltar a assisti-la já que os capítulos inéditos de Chuck acabaram e eu estava sem nada para ver. E como foi boa a escolha de terminar de assistir aos capítulos da primeira temporada dessa série ao invés de abandoná-la!
Com Fowler novamente entrando em campo, o nono capítulo é também de ótima qualidade, com ritmo acelerado e novas descobertas, mostrando mais uma vez o crescimento contínuo que a série vem a apresentar desde seu sexto capítulo até o nono. Para dar uma pausa no ritmo acelerado que estava acertando os trilhos da primeira temporada para o seu final, o décimo capítulo apresentou praticamente nada sobre Fowler ou Kate mas trouxe um caso interessante a ser resolvido e alguns momentos hilários.
E voltamos a um grande crescimento da trama principal no décimo primeiro capítulo, com a entrada de uma personagem que rapidamente conquistou a minha simpatia: Alex. Ex-parceira de Neal, Alex o ajudará a conseguir aquilo que trará a liberdade de Kate novamente só que com uma condição. Há também uma perceptível química entre Alex e Neal, tornando as coisas ainda mais interessantes. E além da entrada de Alex e do crescimento da trama central encaminhando a temporada para uma proximidade ainda maior do seu final, o capítulo 11 apresenta um ótimo caso a ser resolvido por Peter e Neal.
Já no décimo segundo capítulo, há novamente um fraco desenvolvemento da trama principal mas o caso a ser resolvido por Neal e Peter e a rivalidade e o jogo entre Neal e o Colarinho Azul apresentados nesse capítulo compensam, igualando o nível do mesmo ao nível dos capítulos anteriores.
E, no 13° capítulo, com Alex novamente em campo e a participação da agente do FBI Kimberly Rice, temos um excelente capítulo com um ritmo acelerado, soluções inteligentes para o caso apresentado no mesmo, um dos maiores - se não o maior - perigos que Neal já enfrentara até então e a ótima química entre Neal e Alex.
E, finalmente, com Fowler e Alex novamente em campo, além do retorno da agente Diana à série, temos a ótima season finale. Com várias surpresas, descobertas, reviravoltas, momentos tensos e um final surpreendente do qual eu não fui capaz de imaginar que aconteceria o que aconteceu, a primeira temporada é encerrada com chave de ouro e com certeza, não só pelo final mas principalmente por toda a segunda metade dessa primeira temporada, White Collar agora não é mais uma série que eu considero somente filler e eu estarei esperando ansiosamente pelo lançamento da segunda temporada que acontece nos EUA no mês que vem.
White Collar é uma série que merece ser assistida e, caso você não goste muito dela de início - assim como eu não gostei tanto - merece uma segunda chance. É uma ótima série, de clima descontraído, uma série inteligente e com certeza, diferente de qualquer outra série que eu já tenha visto. E, como eu pude observar ao decorrer dessa primeira temporada, o trunfo principal da série não são os métodos e as soluções inteligentes para os crimes apresentados, não são seus momentos divertidos e descontraídos, não é a trama principal mas sim o quão os personagens da série são carismáticos com seus diferentes estilos, humores e características. Desde as personagens fixas da série às personagens que aparecem somente em um ou um pouco mais de capítulos - como a Kimberly Rice e a Alex - a grande maioria das personagens apresentadas pela série são personagens carismáticas, com personalidades singulares e a capacidade das mesmas de conquistar a simpatia do telespectador. Com certeza, isso foi o que mais gostei na série. Seja a química entre Alex e Neal, os momentos hilários entre Peter e Neal, ao estilo diferente de Moz, à simpática June, à dócil e conselheira Elizabeth, demonstram que a grande maioria - se não todas - das personagens apresentam características interessantes que ao serem exploradas na série rendem ótimos momentos.
-> Assim como Moz, Peter e Alex questionavam à Neal se a Kate realmente valia a pena todo o esforço exercido por ele, eu também estava a questionar isso. Mas acho que isso é algo feito de propósito pelos roteiristas da série pois ao mostrarem pouco sobre Kate, a primeira temporada conseguiu deixar o desejo de saber mais sobre a personagem.
-> Adoro os capítulos em que o agente Peter tem que lidar com situações que o deixa constrangido. É hilário. Ri bastante no sexto capítulo dessa temporada com o Peter lidando com a garota que faz parte do capítulo.
-> Logo de cara gostei muito da Alex. Espero que a mesma volte a aparecer na segunda temporada. E que a química entre ela e Neal continue presente.
Nota: 8,5